quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Meus textos

Meus textos parecem muito mais belos apenas na minha cabeça. Então, por que devo escrevê-los?
Será que apenas a beleza é tudo? Onde está a realização apenas no imaginário? Realizar algo feio é motivo de orgulho ou de decepção?
O texto perderá toda sua beleza ou apenas o encanto do inatingível? Aquele seu amor a distância e que você nunca teve coragem de dizer um mero “oi” te levou aonde? Apenas à frustração de não agir e nunca saber como seria ter tido bolas para mover as pedras em seu caminho.
Tentar atingir o inatingível pode desapontar, mas apenas imaginar é a certeza da frustração. Escolha seu lado da estatística.
Esse texto está uma merda completa? Minhas chances falharam, porém continuo achando tentar melhor que a certeza da falha por inércia.
Quem quiser continuar a ler essas minhas loucuras volte mais vezes. Estarei aqui de novo mexendo a caneta como um impulso pra viver. Fique em paz.

Jean

sábado, 11 de julho de 2015

Caso

Caso você queira,
Eu caso
E continuaremos nosso caso
Iniciado não por acaso

Jean

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Papo De Monstro

Fala monstros, vim aqui reivindicar nossos direitos. Poucos sabem mas passei na FUVEST no inicio desse ano. Isso, eu mesmo, Léo Stronda, entre vocês reles frangos mortais uspianos.
 Algumas pessoas me falaram bem outras me falaram mal do bandejão. Fui lá conferir porque monstro que é monstro não tem medo de um artrópode ou outro no rango. É até bom, proteína magra. Cheguei no Bandeco (baita nome bixa) e fiquei esperançoso quanto ao almoço que vinha, altas tias brutas, com os braço forte de mexer panela, esculachando os alunos e tocando a galera na fila igual a gado. Peguei  logo dois pratos grandes que não cabiam na bandeja, comecei a ficar bolado. Fui me servir. Enchi o primeiro prato com arroz integral e um pouco de feijão pra lubrificar o arroz. Na hora da mistura, era salsicha ao molho sugo e batata palha. Porra, como assim? Bati boca com a tia. Perguntei se não tinha como era grelhar meio quilo de frango pra mim e ela riu da minha cara. Mermão,ela falou que eu tinha direito a duas salsichas e uma colherada de batata palha. Só se fosse colherada na minha cabeça, muito melhor que aquele lixo cheio de gordura no meu prato.
Eu só queria minhas 100g de proteína. Eu não tava pedindo metade do orçamento bilionário da USP. Cadê esse reitor frango? Quero conversar com ele. Aê, to irado. Sou patrocinado pela Integral Médica (entre no nosso site e cheque nossos ótimos preços) mas como os uspianos sem grana vão sobreviver?
Mermão, tem que ter frango e batata doce todo dia no bandejão. E nada dessa de só três refeições por dia.  Estão querendo me foder no catabolismo? Restaurante tinha que funcionar 24 horas por dia e o cartão USP do aluno tinha que poder passar na catraca de três em três horas. Seriamos a universidade mais irada do mundo. Minas de todo mundo viriam pra cá pra fazer um aeróbico pélvico com a gente.
Tenho infinitas receitas que posso ensinar a essas “nutricionistas” daqui que montam um cardápio pra frangos. Tudo ficaria mais fácil com um cardápio de melhor qualidade. Aí ficaria maneiro. Poderíamos ter frango grelhado com batata doce, frango assado com batata doce, batata doce com frango grelhado e batata doce com frango assado, sem falar nas dúzias de clara de ovo no café da manha e nos shakes de whey servidos pela tarde.
Sou um cara simples, como você, como sua irmã, como sua tia, como suas amigas. Só quero o básico para ajudar a vida dos estudantes futuros ogros. Tenho certeza que todos estão concordando comigo. É uma questão de tempo até tudo mudar.
Vem monstro, pode vir. Só peço sua ajuda em nossos protestos. Quero todos sem camisa, fazendo flexões e abdominais no P1 na próxima segunda feira.  Somos ou não a maior univerdade da América Latina? Nada mais justo sermos os maiores alunos da América, quero 45 cm de braço no mínimo.
Foi um prazer, não, prazer não, foi uma satisfação. Prazer tenho apenas na cama e não é com você. Sou um homem muito bem casado. Depois volto pra reclamar da falta de estrutura da Tétanus e da instituição do exame físico na FUVEST.

Texto publicado na edição de abril do Jornal O Politécnico
Jean



sábado, 15 de novembro de 2014

E o futuro?




E o futuro?
A Deus pertence?
Ao caos pertence?
A ninguém pertence?
Só a você pertence?

Ninguém pode prever
Ninguém pode confirmar
Só podemos jogar
E apostar

E se alguém previsse seu futuro?
Mesmo que estivesse certo
Como você saberia que está correto?
Arremesse os dados e viva

Jean Michell
Desenho: Gabriel Gomes

sábado, 8 de novembro de 2014

Posso te contar um desejo?



- Posso te contar um desejo?
- Pode, claro que pode.
- Eu queria que não existissem gráficos. Como são chatos! E estão em todos os lugares.
- Que desejo inusitado! Hahaha Gráficos são muito úteis poxa. Eles são, em muitos casos, a melhor forma de representar uma distribuição de dados. Por isso eles estão “em todos os lugares”.
- É, você deve estar certo. Eles devem ser tudo isso aí que você falou.
- Posso te contar um desejo?
- Sim, mandar ver. Também queria que os gráficos sumissem?
- Não. Adoro os gráficos. Meu desejo é outro bem diferente.
- Qual é?
- Eu queria que não existisse distância separando seres que se amam. Queria que bastasse as pessoas quererem se ver para que elas se encontrassem. Queria que todos os beijos e caricias pudessem ser entregues pessoalmente. Queria que houvesse mais “eu te amo” ditos cara a cara e que pudessem ser seguidos de um toque. Queria que amizades pudessem ser agitadas por encontros e abraços freqüentes. Queria que pais pudessem almoçar com seus filhos todos os dias.
- Ooooown, como você é fofo. Adorei! Seu desejo faria o mundo muito melhor.
- A vida seria mais fácil de ser encarada com um colo e um cafuné sempre que necessário.
- Agora posso te contar um segredo?
- Sim. Conta.
- Seu desejo faria o mundo muito melhor. Mas eu ainda prefiro um mundo sem gráficos! Hahaha

Jean Michell Santiago

sábado, 18 de outubro de 2014

Prometo



Quem nunca disse aquela famosa frase “nunca mais bebo”, depois de ter tomado um baita porre e estar arrependido por ter bebido demais?! Pois é, eu nunca disse tal frase. Eu não queria fazer uma promessa tão vazia.
Entretanto, tenho quebrado outra promessa do mesmo tipo: “nunca mais discuto política”. Tenho repetido essa sentença algumas vezes por dia e também tenho desrespeitado-a outras vezes por dia.
Tento não discutir política de forma vazia. Tenho plena certeza que não sei mais do que uma gota em meio ao oceano que acontece na administração pública, mas é difícil resistir a certas coisas que presencio ou que vejo na internet. Aparecem argumentações que não fazem sentido. Conclusões que não acompanham os fatos. Informações falsas ou, no mínimo, altamente duvidosas. Aí não consigo ficar na minha. Esquento minha cabeça. Falo. Os outros esquentam a cabeça. Tem muita gente com sangue no olho pra discutir política nessas eleições.
Eu não queria discutir de forma ofensiva. Queria apenas argumentar e ver argumentos de todos os pontos de vista possíveis mas parece que não dava. Virou discussão de torcedores fanáticos por futebol. Querem apenas mostrar que estão certos e seu time está melhor. Uma pena. Decidi meu voto e estou convicto da decisão. Não debato mais até passar o segundo turno. Está feita a promessa que não vou quebrar.
R.I.P. bom senso
Jean Michell Santiago 

domingo, 11 de maio de 2014

How I Met Your Mother

       Sensação estranha. Sentimento de estar perdendo amigos próximos. Marshall, Lilly, Ted, Robin e principalmente Barney foram ótimas companhias pra mim nesses últimos anos. Eu tinha sempre certeza de que em apenas 20 minutos eu daria algumas risadas e me divertiria graças a eles.
       Muitas pessoas não entendem essa sensação de sentir tanta falta de um seriado mas pra mim fará falta demais. How I Met Your Mother me encantou desde os primeiros episódios com uma dinâmica agradabilíssima de acompanhar.
       Comecei a assisti-los há uns 5 anos atrás. Desde então, muita coisa aconteceu em minha vida e mais coisas ainda aconteceram na vida deles. Lembrar de HIMYM me faz lembrar de muitas coisas boas. Não gosto de idéia de não ter mais novidades deles pra assistir. Não terei mais as idéias e desafios bizarros do Barney. Não verei mais a beleza do casal Lilly e Marshall. Não terei mais as piadas com o Canadá e o jeito másculo da Robin. E não terei mais o jeito apaixonado de ver a vida de Ted Mosby.  
       Durante o último episódio, eu contava quantos minutos faltavam para acabar a todo momento. Eu parava o vídeo na esperança de que a série durasse mais um pouco, tudo em vão. Acabou. Finalmente vi como Ted conheceu a mãe das crianças e ficou mais do que claro que isso era o de menos, mostrando que o mais importante é o caminho, não o destino. Recomendo a série a todos e gostaria de lembrar que estou sempre aberto a novas sugestões.Talvez eu nunca encontre um seriado de humor tão bom quanto esse, CHALLENGE ACCEPTED.
It’s was legen... wait for it... dary! LEGENDARY!

Jean Michell Santiago